O quanto tem de ‘humano’ há nas situações que vemos ao nosso redor?
O material humano parece estar menos valioso.
Parece estar dissolvido nas relações.
O homem está se dando um caráter descartável.
Sociedade do descartável.
Onde o lucro, o ter, o poder, o satisfazer-se momentaneamente nas relações, tem mais valor do que crescer como humano, relacionar-se em profundidade ou estar em conjunto evoluindo no social.
As relações demonstram isso, o quanto se faz da outra pessoa, um material de posse, ou em muitos casos como outro elemento qualquer a sua volta, e o objetivo é a satisfação própria imediata.
O homem de hoje parece esquecer, que só é homem, e só consegue existir se for em cooperação com o outro e também com o coletivo.
Preocupar-se com o semelhante, é um olhar maior sobre si mesmo. Já que é semelhante, sente, pensa e se ressente da mesma forma.
Sabemos em tudo por nós mesmos, o quanto dói na outra pessoa, mas a importância que se dá a isso hoje em dia, é totalmente desvalorizada.
O homem no entanto, se destrói pelas suas atitudes impensadas, sem se conscientizar, de que quando faz do outro ‘descartável’ está se colocando dessa mesma forma.
Um ciclo pessoal e social.
Todo um contexto social é envolvido nisso sim, mas esse contexto é feito pelo próprio homem. Os ‘desvalores’ humanos estão em todos os níveis sociais. O que é visto são as conseqüências espalhadas, por dentro e por fora.
Já que o que está fora, é reflexo do que está dentro.
Se as relações externas estão desvalorizadas, internamente o desvalor é grande também.
Por onde anda o respeito?
Por onde estará a consideração?
Onde foram colocados os bens mais nobres?