(texto elaborado sob pesquisa de tema)
“A criança interior”
A criança que fomos um dia. Criança de desejos, sonhos, com ânsia por amor e reconhecimento. Escondida no inconsciente, com lembranças boas e mágoas, esperando que deixemos ela se expressar novamente.
Essa nossa criança ainda teme o abandono, o desamparo e maus tratos.
No inconsciente desta criança é resguardado sentimentos que recebeu e apreendeu do mundo externo, dos outros com os quais conviveu e convive e o que compreendeu dela mesma, de como ela elaborou todas suas vivências, dando a elas caráter sadio, bom, amável ou não tão bom, insatisfeito ou de sofrimento.
Quando em análise, terapia ou mesmo quando se permitindo ouvir a criança que se foi, que se é, a angústia antes sem nome, ou não muito bem compreendida ou reconhecida é aliviada.
O adulto quando busca compreender sua criança interior, se reencontra com o seu verdadeiro eu, libertando-se de padrões negativos que tem sobre si mesmo.
A criança interior faz com que a vontade de aprender do adulto se mantenha ao longo de sua vida.
Quando o reencontro com esta criança se dá, ocorre toda uma revivência e revisão de escolhas, sentimentos e desejos futuros em latência a serem alcançados.
A criança se percebe livre, pois ainda não tem amarras com o erro, ou seja não tem medo de errar, portanto, cai e levanta quantas vezes precisar, sem se preocupar com o medo, com a vergonha ou opinião alheia. A criança experimenta a vida e quer ser feliz agora, fala o que sente sem medo do julgamento.
O adulto que permite que sua criança interior se manifeste não tem comportamentos infantis, mas sim sabe quando dar vazão aos seus anseios, sem ter vergonha de se permitir.
A criança é livre do medo de ser feliz.